Fazer o hedge com futuros de grãos e oleaginosas
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Estabelecer um preço máximo adquirindo opções de compra de grãos

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Existem muitas estratégias de gestão de riscos disponíveis que oferecem proteção de preços para long hedgers que compram grãos e oleaginosas.

Processadores de grãos, fabricantes de alimentos para animais, empresas de alimentos e importadores sabem como um aumento nos preços pode afetar os negócios. Eles precisam conhecer bem as várias alternativas para reduzir esse risco e proteger seus resultados.

Quando compram contratos de futuros, os long hedgers (hedgers que compram opções futuras como proteção contra aumento nos preços) fixam um preço para a compra de grãos porque uma perda no mercado à vista envolve um ganho no mercado futuro e vice-versa.

Essa estratégia é indicada para a maioria dos long hedgers, que calcularam o preço de compra rentável para a empresa deles.

Mas há hedgers que buscam um preço máximo de compra sem perder a chance de aproveitar uma possível redução nos preços dos grãos. É aí que as opções entram, oferecendo proteção de preços e flexibilidade.

Neste módulo, veremos como compradores de grãos podem adquirir opções de compra para estabelecer um preço máximo de compra (teto) sem perder a oportunidade de comprar grãos a um preço mais baixo.

Exemplo

Vamos supor que seja agosto e que um processador de grãos quer comprar trigo em novembro.

A base normal para sua área em novembro é de 10 centavos abaixo do preço futuro do trigo para dezembro, que atualmente está em US$ 4,50 por alqueire. Com isso, o preço de compra esperado seria de US$ 4,40, que é o preço futuro para dezembro menos a base esperada. O processador determinou que o preço de compra de US$ 4,40 é rentável para suas operações.

Ele pode fixar um preço de compra de US$ 4,40 com um hedge comprado de futuros adquirindo futuros para dezembro a US$ 4,50. Em vez disso, ele decide adquirir opções de compra para estabelecer um preço de compra máximo (teto) sem perder a oportunidade de hipoteticamente comprar trigo a um preço mais baixo.

Ao adquirir a opção de compra, ele tem o direito, mas não a obrigação, de comprar futuros ao preço de exercício da opção.

Em agosto, uma opção de compra at the money para dezembro com um preço de exercício de US$ 4,50 custa 15 centavos.

Com esta opção de compra, ele estabelecerá um preço máximo de US$ 4,55, o que equivale ao preço de exercício da opção de compra de US$ 4,50 mais o prêmio de 15 centavos que pagou mais a base de 10 abaixo. Se os preços do trigo aumentarem, este é o preço máximo que ele pagará.

AUMENTO NOS PREÇOS

Vamos supor que o preço futuro do trigo para dezembro suba para US$ 5,00, resultando em um preço à vista de US$ 4,90, ou seja, o preço futuro menos a base de 10 abaixo esperada.

Como a opção de compra dá ao processador o direito de comprar por US$ 4,50, mesmo que o trigo futuro esteja a US$ 5,00, a opção de compra tem um valor mínimo de 50 centavos, ou seja, o preço futuro menos o preço de exercício de US$ 4,50.

Deduzir o prêmio de 15 centavos dá a ele um ganho líquido de 35 centavos no hedge de opção de compra.

O preço à vista de US$ 4,90, menos o ganho de 35 centavos, resulta em um preço de compra esperado para o processador de US$ 4,55 por alqueire.

Não importa o quanto os preços do trigo subiram no momento em que ele faz a compra, em novembro: com uma base estável, o máximo que ele precisará pagar pelo trigo é US$ 4,55.

QUEDA NOS PREÇOS

Vamos supor que o preço futuro do trigo para agosto ficou abaixo do preço de exercício de US$ 4,50. Nessa situação, o processador ainda poderá aproveitar o preço mais baixo.

Vamos supor que o preço futuro para dezembro caia para US$ 4,20 por alqueire. Levando em conta a base esperada de 10 abaixo, o preço à vista na área do processador seria de US$ 4,10.

Como o preço futuro de US$ 4,20 está abaixo do preço de exercício de US$ 4,50 da opção de compra, o processador deixa a opção vencer e compra o trigo a um preço menor no mercado à vista.

O máximo que ele vai perder é o prêmio de 15 centavos que pagou antecipadamente. O preço de compra líquido será de US$ 4,25, que é o preço futuro de US$ 4,20 menos a base de 10 abaixo mais o prêmio de 15 centavos.

Com o aumento dos preços do trigo, o preço líquido de compra de US$ 4,55 foi maior do que os US$ 4,40 que ele teria fixado fazendo o hedge com futuros comprados. A diferença seria o prêmio de opção.

O processador estava bastante disposto a pagar o prêmio porque isso garante a proteção contra o aumento nos preços e, ao contrário do hedge com futuros comprados, ainda confere a oportunidade de pagar menos pelo trigo em um mercado em queda: US$ 4,25 vs. US$ 4,40 com um hedge futuro.

Ele vai pagar mais neste cenário do que US$ 4,10 se ele não tivesse feito nenhum hedge. A diferença está de novo no prêmio da opção. Mas, sabendo que o preço poderia ter aumentado, ele preferiu pagar esse custo e garantir um preço máximo de compra pelo trigo.

O processador também tem a possibilidade de vender a opção de compra por qualquer valor de tempo que ainda tenha. O que quer que ele receba ao vender a opção reduziria ainda mais o preço líquido de compra.

Conclusão

As vantagens de adquirir opções de compra para o long hedger são as seguintes:

  • Ele sabe de antemão o custo da opção e a perda máxima, o prêmio da opção
  • Ele pode estabelecer um preço de compra máximo
  • Ele ainda pode aproveitar uma queda nos preços

Ninguém pode prever o futuro, mas os hedgers podem tomar medidas para gerenciá-lo. Usar opções e futuros de grãos significa se proteger contra o aumento dos preços, e é uma medida acertada para gerenciar o risco que existe na compra dessas commodities.


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