Em resumo:
O ano de 2018 foi de recorde para os swaps de taxa de juros dos países latino-americanos, e os gestores de investimentos globais estão interessados nestes mercados pela exposição em taxa de juros.
A volatilidade foi elevada ao longo de 2018 devido às eleições presidenciais no México e no Brasil, mudanças significativas de taxas de juros pelos bancos centraais, e crescentes tensões no comércio internacional.
"Gestores de risco tiveram que lidar com as eleições presidenciais no México e no Brasil em 2019, que tiveram grande impacto nas taxas de juros e no câmbio", afirmou Blu Putnam, Economista Chefe do CME Group.
Além das eleições, os bancos centrais dos dois países foram ativos:o banco central do México aumentando a taxa "overnight" de 7,25 para 8,25 porcento, e o banco central do Brasil em direção oposta ao reduzir a taxa Selic "overnight" de 7 para 6.5 porcento.
"Para o México, a renegociação do Acordo para o Livre Comércio da América do Norte transformou-se no Acordo EUA-México-Canadá e permitiu aos mercados um respiro de alívio dado que as tensões de negociações com seus maiores parceiros se tornaram mais fáceis.
A história da guerra comercial tem tudo a ver com a agricultura para o Brasil. As tensões comerciais entre EUA e China resultaram na China reduzindo a compra de soja dos EUA e começando a importar mais do Brasil. "Na essência, o Brasil foi o grande vencedor na disputa EUA-China", afirma Putnam.
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"Todos os fatores acima geraram significativas incertezas de mercado, mudando previsões econômicas e levando os gestores de risco a usar os swaps de taxa de juros", diz Putnam.Os swaps de taxa de juros são usados pelos participantes de mercado como "hedge" contra os movimentos nas taxas de juros de uma moeda específica, e o uso deste produtos, geralmente, aumenta quando há uma grande incerteza sobre as condições econômicas e monetárias.
Isso se traduziu em mais de US$ 30 bilhões por dia de swaps de taxas de juros de moedas latino-americanas compensados em 2018, um novo recorde de alta e um aumento de 34 porcento em relação a 2017.
"Todos os fatores acima geraram significativas incertezas de mercado, mudando previsões econômicas e levando os gestores de risco a usar os swaps de taxa de juros", diz Putnam.Os swaps de taxa de juros são usados pelos participantes de mercado como "hedge" contra os movimentos nas taxas de juros de uma moeda específica, e o uso deste produtos, geralmente, aumenta quando há uma grande incerteza sobre as condições econômicas e monetárias.
Isso se traduziu em mais de US$ 30 bilhões por dia de swaps de taxas de juros de moedas latino-americanas compensados em 2018, um novo recorde de alta e um aumento de 34 porcento em relação a 2017.
Do total de 219 participantes do mercado que compensam os swaps latino-americanos no CME Group, a maior parte (180) está na categoria de gestor de investimentos, incluindo fundos de "hedge", gestores de ativos e pensões. Os 39 restantes incluem dealers globais de swap e bancos regionais que oferecem liquidez a estes mercados.
Um outro fator que levou a este aumento é a entrada de dois novos produtos que oferecem aos participantes do mercado oportunidades adicionais de compensação (clearing), assim como otimização de margem dada a redução de risco de acordo com suas posições em outros produtos.
Em maio de 2018, o CME Group lançou a compensação de swap de taxas de Peso Chileno (CLP) e de Peso Colombiano (COP). A demanda por estes produtos foi maior do que se possa lembrar para qualquer outro produto, e o que ajudou esse movimento foi o fato de que alguns participantes, há muito tempo, já faziam o clearing de swaps de peso mexicano e de real brasileiro. Os novos produtos destacaram-se rapidamente porque estes participantes do mercado já estavam totalmente conectados ao CME e familiarizados com as vantagens da compensação (clearing) voluntária.
O Chile e a Colômbia foram os nossos melhores lançamentos de produtos de mercado de balcão (OTC) de todos os tempos, e o gráfico abaixo mostra a rapidez com que cresceram para mais de 50 participantes globais, cada um. Levou sete meses para o Chile e oito meses para a Colômbia, na comparação com os doze meses para o Brasil após o lançamento, em 2015, e doze meses para o México depois da estreia, em 2013.
Antes de nosso lançamento, os participantes do mercado podiam somente executar estes swaps com contrapartes nas quais tivessem um acordo legal da International Swaps and Derivatives Association (ISDA) e abertura de linhas de crédito. Isso limitou o número de parceiros potenciais para negociação e exigiu destes gestores a tomada de risco de crédito de cada contraparte que tinham em um ambiente bilateral, fora da bolsa de valores.
Enquanto os swaps mexicanos são mandatórios para compensação para a maioria dos participantes mexicanos e dos norte-americanos desde 2017, a compensação dos swaps de taxa de outras moedas latino-americanas é completamente voluntária. As razões pelas quais os clientes querem a compensação voluntária ficaram evidentes quando ao falar com gestores de investimentos, estes nospediam o lançamento de swaps de "Chile e Colômbia".
Os gestores disseram que gostariam de ter uma melhor formação de preço e um maior acesso a provedores de liquidez que otinham através da clearing. Muitos destes participantes já estavam compensando suas posições em swaps de taxas de juros. Ter tudo compensado em uma única bolsa cria eficiências operacionais ao estabelecer um conjunto de processos para todos os produtos de taxas de juros e ao criar as eficiências de margem do risco que são compensadas dentro de uma única conta. Comas novas regras de margem sem compensação ( UMR- Uncleared Margin Rules) impactando aproximadamente 50 participantes de mercado em 2019 e, potencialmente, milhares de contas em 2020, os gestores de investimentos estão se esforçando para aliviar suas linhas bilaterais de crédito enquanto também reduzem o risco de crédito da contraparte.
Isso já é esperado. Já que os gestores de risco encaram outro ano de mudanças potenciais de taxas de juros pelos bancos centrais, mudança política e incerteza no comércio internacional sem nenhuma solução à vista, fazer o "hedge" dos riscos de taxa de juros será fundamental para seu sucesso.